Thoughts and comments on a research about e-learning, social networks and web 2.0.
Thursday, December 16, 2010
Monday, December 13, 2010
Macrowikinomics: Construção Colaborativa do Conhecimento
Relato de um testemunho de uma abordagem colaborativa da construção do conhecimento mencionada no livro de Don Tapscott e Anthony D. Williams, Macrowikinomics (ainda sem edição em Portugal mas lançado em Setembro no Portugal Tecnológico):
"We toured a class of seven-years-olds in a public school in Lisbon, a city where every child in the classroom is getting a laptop connected to a high-speed network. It was the most exciting, noisy, collaborative classroom we have ever seen. The teacher directed the kids to an astronomy blog with a beautiful colored image of a rotating solar system on the screen. "Now", said the teacher, "who knows what the equinox is?" Nobody knew. "All right, why don't you find out?" The chattering begun, as the children clustered together to figure out what an equinox was. Then one group leapt up and waved their hands. They found it! The childreen in this Portuguese classroom discovering astronomy and the solar system barely noticed the technology, the much-vaunted laptop. It was like air to them. But it changed the relationship they had with their teacher. Instead of fidgeting in their chairs while the teacher lectured and scrawled some notes on the blackboard, they were the explorers, the discoverers, and the teacher was their guide. " (pags. 144-145, edição Atlantic Books, 2010).
É interessante cruzar com a visão de Stephen Downes sobre o papel do educador publicada no artigo The Role of the Educator (existe também uma apresentação semelhante The Role of the Educator in a PLE World).
É interessante cruzar com a visão de Stephen Downes sobre o papel do educador publicada no artigo The Role of the Educator (existe também uma apresentação semelhante The Role of the Educator in a PLE World).
Wednesday, December 08, 2010
PISA 2009 Results

Ver comentários do governo português no Público ("Esta é a prova dos nove: os nossos alunos sabem mais") e no Jornal de Notícias (José Sócrates atribui mérito dos resultados da OCDE aos professores).
Na verdade, Portugal continua abaixo da média dos países avaliados em quase todos os parâmetros. Não há motivo para tanta euforia. O mérito é atribuído aos professores.
"The quality of an education system can never exceed the quality of its teachers" (ver vídeo abaixo):
Ver também o relatório How The world best-performing school systems come out on top (pdf) da consultora McKinskey and Company. O relatório apresenta um estudo comparativo que procura encontrar explicações para o facto de alguns sistemas de ensino serem mais bem sucedidos do que outros.
O relatório aponta três factores determinantes para o sucesso:
- "Getting the right people to become teachers."
- "Developing them into effective instructors."
- "Ensuring that the system is able to deliver the best possible instruction for every child."
Ver também Education in Finnland:
Education in Finnland
Saturday, November 20, 2010
Graham Atwell e Helen Barrett na ticEDUCA2010
A apresentação de Graham Atwell em vídeo, na ticEDUCA2010, em Lisboa
e os slides da apresentação de Helen Barrett, Balancing the Two Faces of E-Portefolios.
Saturday, November 13, 2010
Isaac Asimov: O Futuro da Educação Visto em 1988
Numa entrevista em 1988, Isaac Asimov (1920-1992), cientista e autor de livros de ficção científica, fala sobre o futuro mencionando em particular a sua visão sobre o futuro da educação (são abordados outros temas como a ciência e o universo). A entrevista está disponível num conjunto de vídeos alojados no YouTube:
Isaac Asimov on Bill Moyers World of Ideas pt 1 (9m58s)
Isaac Asimov on Bill Moyers World of Ideas pt 2 (9m58s)
Isaac Asimov on Bill Moyers World of Ideas pt 3 (5m57s)
A parte da entrevista que incide mais directamente sobre a educação e o uso da tecnologia na educação inicia aos 8m29s do vídeo correspondente à parte 1 com a pergunta do entrevistador: "Can we have a revolution in learning?".
Isaac Asimov defende o uso da tecnologia e dos computadores como forma de estimular a criatividade e de evitar que os seres humanos gastem as suas energias a executar tarefas rotineiras que irão inevitavelmente atrofiar as suas capacidade criativas. O uso dos computadores irá ajudar as pessoas a libertarem-se dessas tarefa repetitivas e a poderem dedicar-se a objectivos mais ambiciosos e estimulantes. Deve-se procurar desenvolver a criatividade das pessoas desde a infância ensinando as crianças a valorizá-la.
O ensino é descrito como se tendo iniciado, nos primórdios das civilizações, como um sistema que se pode descrever como "um para um para muito poucos". Ou seja, as famílias que possuíam meios para tal, podiam contratar tutores para ensinar as suas crianças. O ensino era assim fortemente personalizado e acessível a muito poucos. Com a evolução das sociedades, tornou-se necessário educar um maior números de pessoas. O tutor ou professor passou a transmitir os seus conhecimentos a grupos maiores com base num currículo. Foi assim possível chegar a um sistema "um para muitos para a maioria". Com a aplicação das tecnologias ao ensino será possível um sistema "um para um para a maioria" onde as tecnologias se encarregarão da tarefa de transmitir os conhecimentos. Asimov sublinha que este sistema não irá substituir mas sim complementar a escola tradicional.
Na sua antevisão do futuro, assim que nas nossas casas existirem "tomadas" (outlets) que nos permitam aceder a imensas "bibliotecas" poderemos aprender o que quisermos, quando quisermos, ao ritmo que quisermos e a partir das nossas casas. Isto poderá ser feito logo a partir de tenra idade e permitirá que disfrutemos de um verdadeiro prazer com a aquisição de conhecimentos. No actual sistema de ensino (à data da entrevista), as pessoas são obrigadas a aprender a mesma coisa, na mesma altura, no mesmo sítio e ao mesmo ritmo (a este propósito ver também o vídeo Bring on the Learning Revolution de Ken Robinson neste post).
Vale a pena ver o ar um pouco céptico com que o entrevistador, Bill Moyers, escuta as ideias de Isaac Asimov.
A ideia presente no e-learning 2.0 segundo a qual o aprendente está no centro do processo de aprendizagem e controla esse processo já era apontada por Asimov (5m0s da parte 2). Fala também da aprendizagem ao longo da vida, um tema incontornável hoje em dia mas ainda estranho em 1988.
Note-se que em 1988 a Internet era praticamente desconhecida do grande público. Asimov morreu um ano depois de Tim Berners-Lee ter iniciado a World Wide Web. O conceito de e-learning era ainda uma miragem. No entanto, a visão de Isaac Asimov está provada, não tendo ele infelizmente vivido o suficiente para a confirmar.
Isaac Asimov, que possui um doutoramento em Química, afirma ter escrito relativamente poucos livros sobre o tema: "I know too much Chemistry to get excited over it". No que toca à Astronomia, apesar de ser um assunto relativamente ao qual não recebeu formação, o seu grande interesse pelo tema motivou-o a procurar saber o mais possível, tendo escrito muito mais livros sobre Astronomia. Asimov afirma ser fácil aprender um novo assunto desde que estejamos suficientemente interessados nele.
Na hora da morte poderemos partir com a consciência de que a nossa passagem pela vida não foi em vão e com o prazer de a termos usado bem, aprendendo o máximo possível e conhecendo o que pudermos sobre o universo. Isto porque só temos uma vida e um único universo onde a viver. E terá valido a pena? Todas as ideias que tivemos desaparecerão com a nossa mente? Segundo Asimov, não: "Every idea I've ever had I've written down". As suas ideias permanecerão assim depois da sua morte. Estava certo em relação a isto como em relação a muitas outras coisas.
Isaac Asimov on Bill Moyers World of Ideas pt 1 (9m58s)
Isaac Asimov on Bill Moyers World of Ideas pt 2 (9m58s)
Isaac Asimov on Bill Moyers World of Ideas pt 3 (5m57s)
A parte da entrevista que incide mais directamente sobre a educação e o uso da tecnologia na educação inicia aos 8m29s do vídeo correspondente à parte 1 com a pergunta do entrevistador: "Can we have a revolution in learning?".
Isaac Asimov defende o uso da tecnologia e dos computadores como forma de estimular a criatividade e de evitar que os seres humanos gastem as suas energias a executar tarefas rotineiras que irão inevitavelmente atrofiar as suas capacidade criativas. O uso dos computadores irá ajudar as pessoas a libertarem-se dessas tarefa repetitivas e a poderem dedicar-se a objectivos mais ambiciosos e estimulantes. Deve-se procurar desenvolver a criatividade das pessoas desde a infância ensinando as crianças a valorizá-la.
O ensino é descrito como se tendo iniciado, nos primórdios das civilizações, como um sistema que se pode descrever como "um para um para muito poucos". Ou seja, as famílias que possuíam meios para tal, podiam contratar tutores para ensinar as suas crianças. O ensino era assim fortemente personalizado e acessível a muito poucos. Com a evolução das sociedades, tornou-se necessário educar um maior números de pessoas. O tutor ou professor passou a transmitir os seus conhecimentos a grupos maiores com base num currículo. Foi assim possível chegar a um sistema "um para muitos para a maioria". Com a aplicação das tecnologias ao ensino será possível um sistema "um para um para a maioria" onde as tecnologias se encarregarão da tarefa de transmitir os conhecimentos. Asimov sublinha que este sistema não irá substituir mas sim complementar a escola tradicional.
Na sua antevisão do futuro, assim que nas nossas casas existirem "tomadas" (outlets) que nos permitam aceder a imensas "bibliotecas" poderemos aprender o que quisermos, quando quisermos, ao ritmo que quisermos e a partir das nossas casas. Isto poderá ser feito logo a partir de tenra idade e permitirá que disfrutemos de um verdadeiro prazer com a aquisição de conhecimentos. No actual sistema de ensino (à data da entrevista), as pessoas são obrigadas a aprender a mesma coisa, na mesma altura, no mesmo sítio e ao mesmo ritmo (a este propósito ver também o vídeo Bring on the Learning Revolution de Ken Robinson neste post).
Vale a pena ver o ar um pouco céptico com que o entrevistador, Bill Moyers, escuta as ideias de Isaac Asimov.
A ideia presente no e-learning 2.0 segundo a qual o aprendente está no centro do processo de aprendizagem e controla esse processo já era apontada por Asimov (5m0s da parte 2). Fala também da aprendizagem ao longo da vida, um tema incontornável hoje em dia mas ainda estranho em 1988.
Note-se que em 1988 a Internet era praticamente desconhecida do grande público. Asimov morreu um ano depois de Tim Berners-Lee ter iniciado a World Wide Web. O conceito de e-learning era ainda uma miragem. No entanto, a visão de Isaac Asimov está provada, não tendo ele infelizmente vivido o suficiente para a confirmar.
Isaac Asimov, que possui um doutoramento em Química, afirma ter escrito relativamente poucos livros sobre o tema: "I know too much Chemistry to get excited over it". No que toca à Astronomia, apesar de ser um assunto relativamente ao qual não recebeu formação, o seu grande interesse pelo tema motivou-o a procurar saber o mais possível, tendo escrito muito mais livros sobre Astronomia. Asimov afirma ser fácil aprender um novo assunto desde que estejamos suficientemente interessados nele.
Na hora da morte poderemos partir com a consciência de que a nossa passagem pela vida não foi em vão e com o prazer de a termos usado bem, aprendendo o máximo possível e conhecendo o que pudermos sobre o universo. Isto porque só temos uma vida e um único universo onde a viver. E terá valido a pena? Todas as ideias que tivemos desaparecerão com a nossa mente? Segundo Asimov, não: "Every idea I've ever had I've written down". As suas ideias permanecerão assim depois da sua morte. Estava certo em relação a isto como em relação a muitas outras coisas.
Friday, November 12, 2010
Education Innovations Timeline
Uma vista cronológica das principais inovações em educação (obtida aqui)
Ver também os posts Evolução do Ensino à Distância e m-learning e o iPad de alguma forma relacionados com esta timeline.
Ver também os posts Evolução do Ensino à Distância e m-learning e o iPad de alguma forma relacionados com esta timeline.
Wednesday, November 10, 2010
Redes Sociais em Portugal
Foi divulgado hoje o estudo A Utilização da Internet em Portugal, sobre o perfil dos utilizadores portugueses (o acesso ao documento completo em pdf pode ser feito aqui). O universo deste estudo é constituído por indivíduos com mais de 15 anos de idade residentes em Portugal Continental.
Alguns factos revelados no que diz respeito a redes sociais:
A maioria dos utilizadores (em percentagens próximas dos 60%) afirma nunca ter colocado conteúdos na rede.
O twitter é usado por 15,3% de utilizadores do sexo masculino e 18% do sexo masculino. Os utilizadores mais jovens (15-24 anos) estão em maioria (24,2%).
No que toca ao acesso à Internet este apenas está disponível em 48,8% dos lares portugueses. Apesar do acesso ainda não atingir metade dos lares, regista-se que naqueles em que existe, a maior parte dos acessos (51,4%) são de banda larga.
Para já, dois aspectos importantes revelados:
Alguns factos revelados no que diz respeito a redes sociais:
- 56,4% dos utilizadores da Internet usa redes sociais;
- As redes sociais mais populares são: Hi5 (42,6%), Facebook (39,7%), Twitter (7,9%), MySpace (6,6%) e Orkut (5,6%);
- A maioria dos utilizadores está na faixa dos 15 aos 24 anos.
A maioria dos utilizadores (em percentagens próximas dos 60%) afirma nunca ter colocado conteúdos na rede.
O twitter é usado por 15,3% de utilizadores do sexo masculino e 18% do sexo masculino. Os utilizadores mais jovens (15-24 anos) estão em maioria (24,2%).
No que toca ao acesso à Internet este apenas está disponível em 48,8% dos lares portugueses. Apesar do acesso ainda não atingir metade dos lares, regista-se que naqueles em que existe, a maior parte dos acessos (51,4%) são de banda larga.
Para já, dois aspectos importantes revelados:
- Há ainda um espaço muito grande para crescimento do e-learning, em particular associado à formação profissional e à formação ao longo da vida e
- A produção de conteúdos por parte dos utilizadores portugueses é ainda reduzida, revelando um perfil de utilização mais próximo da Web 1.0 do que da Web 2.0, apesar da participação em redes sociais já ser significativa.
Friday, November 05, 2010
Tecnologias Emergentes: Gartner Hype Cycle 2010

Este gráfico representa um hype cycle em Agosto de 2010. Um hype cycle é uma representação gráfica do grau de maturidade, nível de adopção e aplicação comercial de tecnologias específicas. O termo é da autoria da Gartner, uma empresa consultora de tecnologias de informação que produziu a antevisão da evolução de diversas tecnologias que está representada acima.
Vale a pena destacar o estado de algumas tecnologias:
Vale a pena destacar o estado de algumas tecnologias:
- Os mundos virtuais públicos estão no fundo da fase da curva designada por "Trough of Disillusionment". O microblogging está a descer nesta parte da curva.
- A computação em nuvem e a TV 3D estão no topo da fase "Peak of Inflated Expectations". A Realidade Aumentada está na fase ascendente da "Peak of Inflated Expectations".
- Os tablet PCs estão no início da fase de maturidade comercial.

Riscos e Segurança na Internet: Relatório EU Kids Online

Alguns factos revelados neste estudo e a reter:
- O número de crianças e jovens que se sentem incomodadas quando expostas a riscos é reduzido;
- A maioria dos pais ignora que os filhos já estiveram expostos a ricos quando navegam na Internet;
- Uma percentagem muito significativa de jovens usa a Internet para apoio a actividades escolares;
- O primeiro uso da Internet ocorre cada vez mais cedo (em média, aos 8 anos nos países do Norte da Europa);
- A generalidade das crianças e jovens, particularmente os mais velhos, possuem um perfil numa rede social;
- O acesso à Internet ocorre a partir de casa ou da escola começando também a ganhar peso o acesso a partir de dispositivos móveis.
Sunday, October 24, 2010
Top 100 das Ferramentas para E-learning
Anualmente, Jane Hart publica uma lista das 100 ferramentas de e-learning mais relevantes. A lista de 2010 foi divulgada no passado dia 18 de Outubro estando já abertas as contribuições para a lista de 2011. As listas são elaboradas através da participação, à escala mundial, de profissionais na área do ensino. Para a lista de 2010 participaram 545 desses profissionais. A lista de 2009 já foi analisada neste blogue (ver o post).

O destaque vai para o Twitter que aparece em primeiro lugar nas listas de 2009 e 2010, tendo estado na 11ª posição na lista de 2008. Os resultados podem também ser consultados por categorias podendo-se ver que o Twitter aparece em primeiro na categorias de "microblogging" e na categoria de "social networks e networking platforms". Igualmente em destaque mantém-se os serviços mais populares como o Facebook (9º na lista geral) ou o YouTube (2º na lista geral). O Facebook surge ainda como uma das ferramentas a assumir cada vez maior destaque na área do ensino.
Dentro das novas ferramentas é de referir a notoriedade efémera do Google Wave uma vez que irá em breve ser descontinuado.
A perder importância está a plataforma Elgg, uma das ferramentas que mais desceu face ao ano anterior. O Second Life também perde posições. Por outro lado, a ganhar destaque aparece o Dropbox.
Finalmente, entre as ferramentas que saíram da lista de 2010 está o email, confirmando o peso decrescente de uma ferramenta que já foi uma das mais importantes no universo da Internet.
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