Um estudo, da autoria de Jakob Nielsen, um especialista em web usability, revela alguns dados interessantes para quem desenvolve websites para crianças (de 3 a 12 anos). As plataformas de e-learning dirigidas a este público enquadram-se nos websites que devem ter as características de usabilidade que este estudo revela. O estudo teve lugar em dois momentos diferentes: o mais recente que envolveu crianças entre 3 e 12 anos, e outro realizado nove anos antes com crianças entre 6 e 11 anos. O facto de actualmente ter aumentado o tempo de exposição aos media (ver este post) e de os utilizadores serem cada vez mais novos levou a baixar a idade mínima dos participantes no estudo.
O estudo teve como ponto de partida a inexistência de informação concreta sobre os critérios a aplicar no design de websites para crianças. Estes, são muitas vezes desenhados apenas a partir de suposições sobre as necessidades deste público-alvo. Alguns dos comportamentos observados em crianças dos 6 aos 8 anos, no primeiro momento do estudo, revelam-se agora no grupo dos 3 aos 5 anos. Outra diferença entre os dois momentos do estudo é o facto de, em geral, as crianças agora evitarem, por exemplo, ler as instruções de um jogo antes de o começar a jogar, ao contrário do que acontecia há nove anos. Este facto é explicado pela maior competência digital e à-vontade na web das crianças actuais que já assumem na íntegra as características dos nativos digitais.
Algumas das principais conclusões:
- As crianças tendem a reusar os mesmos métodos de navegação. Um método que revele funcionar bem numa situação é reusado noutras mesmo levando a piores resultados.
- A segmentação deste público-alvo deve ser mais refinada: não existem apenas crianças dos 3 aos 12 anos. Devem ser considerados como diferentes os grupos etários dos 3 aos 5, dos 6 aos 8 e dos 9 aos 12.
- As crianças a partir dos 3 anos podem navegar num website desde que este tenha sido desenhado para o nível etário dos 3 aos 5 anos.
- A capacidade de um criança tirar partido de um website depende da sua experiência anterior. O uso da Internet a partir dos 3 anos deve ser incentivado desde que não passem demasiado tempo com o computador.
- As crianças a partir do 7 anos revelam já capacidades de navegação razoavelmente avançadas.
- As crianças não têm a percepção da natureza comercial de muitos websites e não identificam a publicidade como tal.
Outros resultados interessantes são as dificuldades sentidas pelas crianças mais novas no uso do rato e a escrever usando o teclado, assim como o evitar do recurso ao scroll. Estas limitações já não se verificam nas crianças mais velhas.
São também comparados os comportamentos das crianças e dos adultos no que diz respeito à navegação num website.
O relatório completo deste estudo (Usability of Websites for Children: Design Guidelines for Targeting Users Aged 3–12 Years) está disponível para download por 188 USD. Existe um estudo idêntico com adolescentes (Teenagers on the Web: 61 Usability Guidelines for Creating Compelling Websites for Teens). Ambos os estudos incidem sobre um público que Don Tapscott designa pela "net generation".
Apesar de as crianças e os adultos serem diferentes no que diz respeito aos critérios de usabilidade há muitos aspectos em comum que devem ser considerados, nomeadamente alguns dos critérios de usabilidade propostos por Nielsen.
E, a propósito de diferenças entre adultos e crianças,
São também comparados os comportamentos das crianças e dos adultos no que diz respeito à navegação num website.
O relatório completo deste estudo (Usability of Websites for Children: Design Guidelines for Targeting Users Aged 3–12 Years) está disponível para download por 188 USD. Existe um estudo idêntico com adolescentes (Teenagers on the Web: 61 Usability Guidelines for Creating Compelling Websites for Teens). Ambos os estudos incidem sobre um público que Don Tapscott designa pela "net generation".
Apesar de as crianças e os adultos serem diferentes no que diz respeito aos critérios de usabilidade há muitos aspectos em comum que devem ser considerados, nomeadamente alguns dos critérios de usabilidade propostos por Nielsen.
E, a propósito de diferenças entre adultos e crianças,
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