Tuesday, May 11, 2010

A Economia da Atenção

A informação existente na Web tem vindo a crescer desde a sua génese. Com a massificação das aplicações Web 2.0, onde existe a possibilidade de participação dos utilizadores a informação disponível tornou-se ainda mais diversificada. A informação deixou assim de ser um recurso escasso. Os utilizadores deparam-se com a dificuldade em gerir toda essa massa de informação e distinguir o que é relevante e actual. Um utilizador que siga diversos blogs ou que participe em várias redes sociais sente dificuldade em acompanhar todas estas fontes de informação e manter a interacção com os outros utilizadores. Todas as aplicações web que usa e sites que visita competem entre si pela sua atenção. Esta passa a ser o recurso escasso que é necessário gerir. Thomas H. Davenport e Michael Goldhaber apresentaram o conceito da economia da atenção. O fluxo de atenção passa a ser a “moeda” que circula na Internet. A adaptação das aplicações e a sua personalização surgem neste contexto como forma de atrair a atenção dos utilizadores e a sua fidelização a um determinado serviço ou aplicação. Outro exemplo de forma de lidar com a escassez de atenção é o sistema de recomendação de produtos da Amazon efectuado com base no histórico de navegação e de compras efectuadas.

A propósito deste tema vale pena ler o que pensa o Presidente dos EUA, Barack Obama, sobre o efeito da massificação do uso de tecnologias e da crescente disponibilidade de informação, numa intervenção na Hampton University, Virginia (a notícia pode ser lida aqui):

"You're coming of age in a 24/7 media environment that bombards us with all kinds of content and exposes us to all kinds of arguments, some of which don't always rank all that high on the truth meter (...) With iPods and iPads and Xboxes and PlayStations, - none of which I know how to work - information becomes a distraction, a diversion, a form of entertainment, rather than a tool of empowerment, rather than the means of emancipation."

A massa de informação que constantemente nos "bombardeia" é um benefício inquestionável mas que, por outro lado, pode ser contraproducente. Estas questões têm ser tidas em conta no desenho cursos em e-learning, sobretudo quando os públicos têm, à partida, um natural défice de atenção.

Em conclusão: "We can't stop these changes... but we can adapt to them".

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