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Friday, May 28, 2010

Portfólios Digitais

No campo do ensino, um portfólio é uma compilação de documentos descrevendo um determinado processo de aprendizagem ou o percurso de aprendizagem de um indivíduo. Quando essa compilação é armazenada em formato digital designa-se por e-portfólio (portfólio digital). Estes constituem assim o registo electrónico do percurso de aprendizagem e das competências adquiridas. Os e-portfólios podem ter objectivos de validação de competências específicas, podem ter uma utilização própria em determinadas instituições ou podem reflectir a aprendizagem de uma pessoa ao longo da vida.

Num cenário de aprendizagem mais desmaterializada, à distância, que se desenvolve durante a vida de uma pessoa o registo desse percurso assume particular importância.

A plataforma Elgg (ver este post), permite a criação e manutenção de e-portfólios. Outras propostas são, por exemplo, a Mahara, uma plataforma de código aberto, lançada em 2006, a ePortfolio, uma plataforma que opera no conceito da computação em nuvem e a Foliotek, originária dos EUA e lançada no início da década.

Tuesday, May 18, 2010

A Plataforma Elgg

Na perspectiva de George Siemens sobre o futuro do e-learning, a plataforma Elgg é apresentada como a ferramenta mais importante para o desenvolvimento futuro desta forma de ensino. Segundo Siemens, a plataforma Elgg incorpora um conjunto significativo de ferramentas características da Web 2.0 (blogs, wikis, conteúdos multimédia, etc) mas é essencialmente um PLE. Sobre a sua utilização como PLE há a vantagem da plataforma simplificar este conceito e o tornar acessível a mais utilizadores. Ainda segundo a mesma perspectiva, a Elgg apresenta ainda a vantagem de ser uma plataforma de código aberto e independente de redes sociais generalistas (“not Facebook”). George Siemens baseia a sua opinião na experiência recolhida na utilização da Elgg em diferentes contextos.
Jane Hart, fundadora do C4LPT destaca a Elgg como uma plataforma colaborativa tendo também desenvolvido um estudo comparativo desta plataforma com outras ferramentas sociais (Ning, Facebook e Twitter).


O interesse e importância desta plataforma pode ser comprovado através do reconhecimento obtido pelos projectos que a usam. Destacam-se, por exemplo, o prémio da InfoWorld “Best Open Source Social Networking Platform” (2008) e o prémio “Platinum Award for Best use of Social Learning Tools”, em 2010, atribuído ao Institute of Executive Coaching, uma entidade de formação para executivos que opera na Austrália e na região Ásia-Pacífico e que usa a plataforma Elgg. Existem outros exemplos de comunidades sociais que usam a plataforma, com destaque para a Eduspaces, lançado em 2004 e que é um dos sites sociais mais relevantes no campo da utilização de tecnologia na educação e para a Universidade de Brigthon, ambas com um significativo número de utilizadores. Apesar do reconhecimento das suas potencialidades, a plataforma aparece classificada apenas na posição 53 da lista do C4LPT. O grupo do Facebook, “Elgg Users” tem, à data deste trabalho, menos de 200 membros.

Do ponto de vista técnico, a instalação da plataforma (a versão actual é a 1.7.1 e pode ser descarregada do website oficial da Elgg) necessita do servidor web Apache, da base de dados MySQL e da linguagem de scripting PHP (ferramentas gratuitas). Está ainda anunciado para Maio de 2010 o lançamento de um serviço de alojamento de sites sociais. A plataforma usa ainda o formato de dados FOAF.

Numa experiência de utilização da plataforma Elgg como um PLE e como um e-portefolio, são apontadas as possibilidade dos alunos poderem publicar os seus perfis em conjunto com peças musicais e outros documento produzidos no âmbito do seu percurso de aprendizagem, assim como trabalhos usados na sua avaliação curricular. Esta é a perspectiva de utilização como e-portefolio. No que diz respeito à utilização como PLE, o trabalho citado refere a formação de comunidades de músicos, como forma de acompanhar o trabalho de outros e publicar os trabalhos feitos e o uso de blogs para troca de experiências. É dado destaque ao facto da plataforma ser centrada no aluno e deste ter total controlo sobre os conteúdos. A plataforma pode assim ser o centro de um ambiente com suporte na Web, de aprendizagem formal e informal corporizando assim um PLE para cada aluno. Segundo Mark van Harmelen um PLE deve apresentar, do ponto de vista dos alunos utilizadores, as características seguintes:
  • Permitir a definição de objectivos de aprendizagem;
  • Gerir a aprendizagem, controlando tanto o conteúdo como o processo de aprendizagem;
  • Comunicar com outros utilizadores durante o processo de aprendizagem.
A plataforma Elgg enquadra-se nas características acima. Entre outras potencialidades é também destacado o facto dos PLE, em particular a Elgg, contribuírem para a diminuição do abandono escolar dos alunos ao facilitarem a entreajuda entre pares.

Sunday, May 16, 2010

PLE versus LMS

A utilização das ferramentas sociais da Web 2.0, agregadas num PLE, representam uma abordagem diferente na organização do e-learning que contrasta na abordagem suportada por um LMS. As referências aos PLE surgem muitas vezes associadas a discussões quanto ao papel que os LMS têm nestes ambientes e qual o contributo, se algum, que podem ter nos sistemas de e-learning 2.0. Desde a erradicação dos LMS (e mesmo dos PLE) dos sistemas de e-learning 2.0 até à constatação que a continuidade da utilização de LMS é, para já, incontornável, passando por posições que defendem a utilização destes, meramente para fins administrativos, em coexistência com os PLE, existem várias visões sobre o papel dos LMS no e-learning 2.0. Estas diferentes abordagens mantêm em aberto a discussão sobre quais as ferramentas a adoptar e qual a forma de as integrar e usar nos sistemas de e-learning 2.0. A seguir resumem-se as características principais das plataformas LMS e PLE.

O facto de um PLE usar diferentes aplicações, configuradas individualmente de forma a satisfazer as necessidades e gostos do utilizador coloca questões de interoperabilidade entre essas aplicações. No espírito da Web 2.0, procura-se ultrapassar esta questão seguindo o princípio que o software social é baseado num conjunto de pequenas peças pouco interligadas (“small pieces, loosely connected”) que recorrem a standards e serviços web. Neste sentido têm surgido propostas de ferramentas que procuram facilitar a utilização e a agregação dos diferentes serviços e aplicações que podem integrar um PLE. Um dos projectos mais citados é o Elgg. Trata-se de uma plataforma de software, de código aberto, desenvolvido por Dave Tosh e Ben Werdmuller para a construção de redes sociais. A plataforma permite integrar diversas ferramentas com grande controlo por parte do utilizador. Segundo os seus autores, esta plataforma permite a criação de uma paisagem digital pessoal ("personal learning landscape"):

A plataforma Elgg, em desenvolvimento desde 2004, conheceu a sua versão 1.0 em 2008. A par da plataforma Elgg são citadas outras como a Barnraiser, a PLEFPersonal Learning Environment Framework, proposta por Mohamed Chatti, a PLEX, da Universidade de Bolton no Reino Unido ou a SAPO Campus, uma plataforma dirigida a instituições de ensino superior usada na Universidade de Aveiro, Portugal.