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Monday, May 03, 2010

Redes Sociais e E-learning

As redes sociais no contexto da Web 2.0, designam o conjunto de sites que facilitam o contacto entre pessoas quer com objectivos meramente sociais quer com objectivos profissionais. Num contexto mais geral, as redes sociais definem-se como uma estrutura social formada por indivíduos ou organizações, designados por nós, que estão interligados entre si através de interdependências diversas (amizade, afinidade de interesses, relações profissionais, etc).

Uma rede social na Web 2.0 é um serviço que usa software para construir redes sociais on-line para comunidades de pessoas que partilham interesses e actividades e que estão interessadas em conhecer os interesses e actividades de outras.

Um dos primeiros sites sociais foi o Friendster, lançado em 2002, por dois programadores informáticos, Jonathan Abrams and Cris Emmanuel. Actualmente, este site social é sobretudo popular em países asiáticos. Na histórias das redes sociais, a sua génese é ainda referida em datas anteriores, sendo o SixDegrees, lançado em 1997 e desactivado em 2001, considerado por alguns como a primeira rede social na web. O nome do site está relacionado com a teoria dos seis graus de separação (também conhecida como Human Web), atribuída ao escritor húngaro, Frigyes Karinthy e publicada em 1929. Segundo esta teoria, se cada pessoa está a um grau de separação de todas as pessoas que conhece e a dois graus de separação das pessoas conhecidas pelas pessoas que conhece, então todos nós estaremos ligados a qualquer outra pessoa no mundo através de não mais de seis pessoas intermediárias. Esta teoria revela o que torna os sites sociais interessantes: mais do que permitir que as pessoas possam conhecer outras pessoas, antes estranhas, estes sites permitem que as pessoas tornem visíveis a outras as suas redes sociais. Pessoas que de outra forma nunca se teriam encontrado podem assim conhecer-se com base em qualquer afinidade que possuam.

Outros sites, lançados ainda antes, são também apontados como os pioneiros das redes sociais. É o caso do Classmates, criado por Randy Conrads em 1995, uma rede social activa inicialmente na América do Norte que reunia pessoas que tivessem sido colegas de escola em vários níveis de ensino.

Outros exemplos muito populares são o Facebook, actualmente com 400 milhões de utilizadores, e o MySpace (ambos lançados em 2004) de carácter mais lúdico ou o LinkedIn (2003), uma rede social sobretudo de contactos profissionais. Em Fevereiro de 2010, a Google, que já tem vários serviços de referência na Web 2.0, lançou também a sua rede social, o Google Buzz. Esta nova aplicação integra-se com o Gmail e pretende concorrer com o Facebook. Esta incursão no universo das redes sociais não é pioneira uma vez que a Google já havia lançado a rede Orkut em 2004. Esta não teve no entanto o sucesso esperado e implantou-se sobretudo na América do Sul sendo actualmente operada pala Google Brasil.

O papel que as redes sociais, como o Facebook, podem ter no ensino, particularmente no que diz respeito à sua utilização na sala de aula, ainda não é claro. Segundo algumas perspectivas, a utilização deste tipo de serviços no ensino é pouco clara havendo mesmo quem defenda a sua não utilização. As redes sociais, são espaços de socialização, muitas vezes informal destinadas a manter relações com outros utilizadores. Apesar deste tipo de ferramentas ser uma das faces mais visíveis da Web 2.0 a sua aplicação ao ensino é pouco óbvia e a sua aplicação ao e-learning poderá ser apenas no sentido de poderem suportar comunidades de prática.

Alguns dos defensores da utilização de redes sociais na sala de aula e no ensino em geral, referem-no sobretudo na perspectiva da sua contribuição para a literacia digital dos alunos e não tanto como uma ferramenta de aplicação directa. Outras propostas de utilização de redes sociais no ensino, como o recente Google Buzz, são apresentadas na perspectiva de integrarem outras ferramentas da Web 2.0, como o microblogging, partilha de conteúdos multimédia ou a sindicância de conteúdos.

No entanto, a importância crescente das redes sociais não pode ser ignorada pelos profissionais de ensino. Em Março de 2010 vários media noticiaram o facto do Facebook ter ultrapassado o Google nos EUA, enquanto site mais visitado. Esta popularidade do Facebook verifica-se sobretudo em países da Europa ocidental e nos EUA. Por exemplo, o grupo do Facebook dedicado ao ensino (Facebook in Education), que reúne pessoas com interesses na área, sobretudo professores e investigadores, conta com cerca de 268.000 fãs.

A plataforma TOPYX é uma solução de e-learning que incorpora recursos do Facebook e de outras redes sociais com o objectivo de enriquecer a experiência de aprendizagem do aluno, tirando partido de ferramentas da Web 2.0. Um utilizador, no seu perfil do Facebook pode ainda incorporar pequenas aplicações existindo um número significativo delas com potencial de utilização para fins pedagógicos.

Para além das aplicações genéricas de redes sociais existem plataformas que permitem a criação de redes sociais individualizadas. Uma delas é a plataforma Ning, lançada em 2005, muito utilizada para formar redes sociais de professores e educadores. Um dos co-autores da Ning é Marc Andreesen, também criador do navegador de internet Netscape.

Sunday, March 21, 2010

Net Generation

As estatísticas oficiais, citadas no relatório final do projecto EU Kids Online indicam que, em 2008, 75% das crianças de países da União Europeia, entre os 6 e os 17 anos, são utilizadores da Internet. O crescimento em número de utilizadores tem-se registado sobretudo na faixa etária entre os 6 e os 10 anos (60% de utilizadores em 2008). Segundo as mesmas estatísticas, em 2008, verificou-se uma semelhança entre o número de pais e o número de filhos que usavam a Internet, contrariando a tendência anterior em que prevalecia a utilização por parte do filhos (85% dos pais de crianças entre os 6 e os 17 anos tinham já usado a Internet).

A realidade dos Estados Unidos da América não é muito diferente. Um estudo publicado em Janeiro de 2010, Generation M2: Media in the Lives of 8-to 18 Year-Olds revela a realidade da exposição aos media da população deste país na faixa etária entre o 8 e os 18 anos (a informação recolhida é relativa a 2009). Um dos resultados deste estudo aponta para uma exposição de mais de 7,5 horas diárias (7 dias por semana) a diferentes media (televisão, música e audio, computador, jogos electrónicos, documentos impressos e filmes). Dada a capacidade multitarefa dos jovens, com o uso simultâneo de mais do que um media, essa exposição estende-se a 10 horas e 45 minutos diários. O estudo aponta o aumento significativo no uso de computadores e equipamentos móveis (66% possuem telefone móvel). O acesso à Internet a partir de casa, constituído em grande parte por acesos de banda larga, verifica-se para 85% da população-alvo.


O uso do computador e dos telefones móveis, têm lugar de destaque de entre os meios utilizados. No que respeita à utilização do computador e da Internet as actividades com maior percentagem de utilização são o acesso a redes sociais como o Facebook e o MySpace e a visualização de vídeos em sites como o YouTube.

O site do OnlineFamily.Norton, da empresa norte-americana Symantec apresenta ainda os temas de pesquisa mais populares, em 2009, por parte de crianças e jovens. Não são fornecidos dados sobre a origem da população do estudo efectuado mas supõe-se que os dados digam respeito aos EUA.


Dos resultados apresentados na figura é de realçar a presença do YouTube no topo das pesquisas dos três grupos estários considerados (que volta a surgir noutras posições da tabela com ligeiras alterações no nome). Destaca-se também a presença de redes sociais no topo das pesquisas.

Estes dados permitem concluir que a população de idade inferior a 18 anos dos países envolvidos no estudo convive diariamente com diversos meios tecnológicos, gastando com eles uma parte significativa do seu dia. O uso do computador e dos telefones móveis, têm lugar de destaque de entre os meios utilizados.

Esta geração é conhecida por “Net generation” ou “generation Y”: pessoas nascidas entre o início dos anos 80 do século XX e o início do século XXI, que cresceram sob a influência da tecnologia e com grande familiaridade com o uso de diversos media, tecnologias digitais e meios de comunicação. Estes novos utilizadores são também designados por Stephen Downes como “nativos digitais”.